Dependência Química é Genética?
Entender se a dependência química é genética ou não pode ser o caminho para ajudar muitas pessoas que enfrentam a dependência, principalmente quando há dúvidas sobre quando é hora de procurar ajuda.
Nesse contexto, a relação entre a genética e álcool deve ser avaliada sob o ponto de vista científico, para que as condutas de intervenção sejam escolhidas adequadamente.
Reunimos informações importantes sobre o que é o alcoolismo e as principais características da doença. Além disso, apontamos o que dizem as pesquisas quanto à influência genética na dependência do álcool.
Continue a leitura do post, saiba como proceder nesses casos e veja a importância de contar com uma instituição especializada na hora de escolher o tratamento ideal.
Dependência Química é genética?
Um estudo recente feito por pesquisadores de Nova Iorque, nos Estados Unidos, confirmou a hipótese de que as pessoas que consomem álcool frequentemente podem ter, realmente, uma predisposição genética. A pesquisa aponta que a tendência ao alcoolismo pode chegar a 50% nos filhos de pais alcoólatras.
A carga genética desempenha um papel fundamental em vários aspectos da vida dos seres humanos. Os genes exercem influências físicas, comportamentais, psíquicas e muitas outras que são recebidas dos seus ancestrais e passadas de geração para geração.
Essa cadeia de transmissão hereditária é tão perfeita que, se não fosse a variabilidade genética (a combinação de diferentes genes), provavelmente a raça humana já teria sido extinta.
Essa combinação genética funciona como um fator de proteção: na maioria das vezes, evita-se a transmissão de doenças crônicas e de características muito prejudiciais aos organismos.
Na hora da fecundação do óvulo pelo espermatozoide, o embrião recebe um gene do pai e outro da mãe. Se os dois pais forem alcoólatras, provavelmente o filho também será. Se apenas um dos pais tiver o vício, o risco será reduzido à metade.
Isso acontece porque é a herança genética que determina os traços humanos de todos os seres. Esse processo funciona para todas as características físicas ou comportamentais, sejam elas boas ou ruins. Tanto os aspectos ligados à inteligência quanto aqueles relacionados ao consumo abusivo de álcool ou de drogas podem ser herdados dos pais.
Há outros aspectos, no entanto, que precisam ser considerados, já que também desempenham um importante papel nessa questão. O ambiente e o estilo de vida, por exemplo, aumentam o risco de alterações comportamentais que podem levar à dependência do alcoolismo.
Além de considerar que o alcoolismo é genético, é necessário se atentar a essas influências externas associadas aos transtornos resultantes do abuso de álcool. Vale destacar, portanto, que o consumo abusivo de álcool está associado a diferentes mecanismos.
Mesmo considerando as questões hereditárias, a personalidade e as condições de saúde de uma pessoa podem ser melhoradas pelo ambiente, pelo estilo de vida e por meio de um tratamento adequado.
Como os genes se manifestam?
Enumeramos algumas formas de manifestação da carga genética sobre a tendência ao alcoolismo. Veja quais são elas a seguir.
Abuso do álcool desde muito jovem
O alcoolismo na adolescência tem ocorrido de forma muito precoce. Os dados revelados por um estudo recentemente divulgado pela Agência Brasil EBC não são nada animadores: no Brasil, 40% dos adolescentes com idade entre 12 e 13 anos consumiram bebida alcoólica pela primeira vez em seu próprio lar.
Em termos globais, o uso precoce de álcool foi apontado como a principal razão de morte entre indivíduos com idade entre 15 e 24 anos.
Mais resistência aos efeitos do álcool
O metabolismo do álcool no organismo é bem simples: a substância cruza facilmente a barreira de proteção natural que separa o sangue das demais áreas cerebrais. Isso explica por que, alguns minutos após a ingestão de uma bebida, sua concentração alcoólica no cérebro já se torna a mesma do sangue. Em certos indivíduos com tendência genética ao alcoolismo, a resistência maior à embriaguez favorece o vício.
Saúde mental instável
Indivíduos com instabilidade emocional, psíquica ou transtornos de personalidade também se tornam mais vulneráveis ao alcoolismo. Nesse sentido, ainda que pequena, a influência genética pode ser potencializada por esses fatores de risco e facilitar o desenvolvimento da dependência química.
O tratamento é o melhor caminho, além de controlar os sintomas dos distúrbios psíquicos, o paciente conta com uma relação de terapias para sua desintoxicação.
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